Hino
aos voluntários da república
(1937)
Voluntário
da Espanha, miliciano
dos
ossos confiáveis, quando marcha morre o seu coração, quando marcha mata com a
sua agonia
mundial,
não sei verdadeiramente
o que
ei de faze, onde pôr-me; corro, escrevo, aplaudo,
grito, pressinto,
destruo-o, apago, digo
ao meu
peito que acabe, o bem, que venha,
e quero
desgraciar-me;
descubro-me
na frente impessoal para tocar
no vaso
de sangue, faço uma pausa,
pare o
meu tamanho aquelas famosas caídas de arquiteto
com as
que se honra o animal que me honra;
vazam
os meus instintos as suas cordas,
fuma no
meu túmulo alegria
e,
outra vez, sem saber o que fazer, sem nada, deixei-me,
desde a
minha pedra no branco, deixei-me,
sozinho,
quadrúmana,
mas aqui, muito mais longe,
não
caber entre as minhas mãos um largo rato estático,
quebro
contra a tua rapidez com dois gumes
a minha
pequenez num traje de grandeza!
tradução do espanhol por Vera Santos
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