22 de Julho de
2012
ALEXANDRA
MULHER EM FORMA
DE CORAGEM
No somatório de
barbaridades que ocorrem no percurso das nossas existências, umas, que explodem
pelo mundo fora, outras que nos tocam de perto ou somos delas protagonistas, há
sempre símbolos vivos, marcos indeléveis que prevalecem e resistem ao confronto
com a adversidade, com as facetas incontroláveis da intempérie.
O destino das
pessoas é uma incógnita. E se é certo que “Deus escreve direito por linhas
tortas”, nada escreveu de tão belo e heróico como no traçado da vida desta
mulher, hoje jovem mãe de família, de cujos filhos se pode orgulhar pelos
valores que lhes incutiu e pela educação que sempre lhes deu, apesar das
contingências quotidianas.
Um dia,
Alexandra, adolescente ainda, foi atrás de um sonho. Enquanto durou, as pétalas
perfumadas do seu dia-a-dia, foram misturando os espinhos acerados de cardos
que lhe golpeavam as veias e a alma.
Quem puder
contar a odisseia de Alexandra ao longo de um trajecto que longe está do meio
século, terá de se enquadrar bem no círculo em que ela sempre se movimentou,
não permitindo que o seu espírito deixasse de avaliar lucidamente o ponto
fraco, o momento de ouro e o salto de mudança - o tal “escrever direito”, por
“linhas tortas”.
Alexandra
desceu aos infernos, sofreu e fez sofrer. Mas atingiu o Tabor das grandes
transfigurações. Mulher de estandarte na mão, aguerrida perante os vendavais,
coerente perante as necessidades do presente, lutadora e determinada, venceu a
pior batalha da sua vida: ela própria.
A partir daí,
as pequenas batalhas travadas minuto a minuto, não passam de escaramuças doseadas
pelo orgulho que sente em possuir uma mens
sana in corpore sano(a), de ser mãe de
três filhos espetaculares, de ter construído o que possui à custa do seu
esforço e do seu trabalho, firmemente decidida a manter e aperfeiçoar o que
conquistou, o que lhe adoça a vida, o que a faz respirar e encher de ar os
pulmões; o que a leva a olhar em frente, o seu horizonte, a esteira luminosa do
sol desdobrado sobre o seu oceano de orientes e de poentes, a renovação
constante, permanente da esperança e do optimismo.
Saúdo Alexandra
neste dia do seu aniversário, no limiar das suas duas décadas palmilhadas no calendário
das suas renúncias e flagelos, no turbilhão das suas alegrias e angústias, na
certeza de que ela é um exemplo de grande Mulher e de grande Mãe. Mulher que
soube espezinhar a serpente que lhe ameaçava o calcanhar.
Mãe, que elevou
os seus filhos acima da sua cabeça, nas passagens terríveis do Mar Vermelho da
sua existência.
Alexandra, a
Xana para os íntimos ou a Xaninha das ocasiões especiais, pode compreender hoje
que é uma pessoa vitoriosa, de espírito aberto e coração tolerante.
Há dois meses,
foi avó. E espera vir a sê-lo de novo.
Na sua memória
perpassam as histórias de encantar que um dia contará aos pequeninos seres,
inocentes das realidades dos mais velhos.
Ao começar…”Era
uma vez”…
- Vovó, porque
têm água os teus olhos?
É o brilho da
alegria. Só Deus e ela sabem como se sente rica e realizada. E o caminho que
tiver de percorrer na continuidade do seu universo, deparar-se-lhe-á forrado de
experiências, um tesouro incalculável que norteou o seu conhecimento.
“Por linhas
tortas, Deus escreveu direito” uma página dourada da história de Alexandra cujo
passado rescaldado no presente, terá a sua glória no futuro.
(a) - "Uma mente sã num corpo são" -
é uma famosa citação latina, derivada da Sátira X do poeta romano Juvenal.
Eu vejo a minha irmã (Alexandra) como uma mulher de armas em punho envolta num escudo por baixo desse escudo está o seu corpo frágil a qualquer atingimento e debaixo dele também está os seu queridos filhos que ela defende a todo o custo. Sim porque não é fácil mas ela sempre consegue. Parabéns querida! E parabéns também por todas as vitórias conseguidas!
ResponderEliminarBeijinho!
O teu comentário, vestido de verdade nua e crua, trouxe-me à memória alguns nomes de mulheres famosas, autênticas heroínas: a Padeira de Aljubarrota, Maria da Fonte, Deuladeu Martins, Joana d’Arc, Madame Curie, Florence Nightingale, Teresa de Calcutá, etc… Umas, pela defesa da Pátria e dos seus ideais, outras pelo bem da ciência e outras, auxiliando o próximo. Destas, a História lembra-se. Mas quantas mulheres, no anonimato das suas vidas, são lembradas pela sua coragem, força e determinação? Quem sabe dar-lhes o devido valor? Quem as enaltece e admira? E no entanto, quer no trabalho profissional, quer no ambiente doméstico, quer na educação dos filhos, são o deslumbrante esteio da família, as raízes de uma nação. Destas mulheres de que mal se fala, e tantas haverá, Alexandra é o exemplo fidedigno de estoicismo, luta e independência, tudo isto contornado por um grande coração. Só desejo que ela sirva de exemplo a todas aquelas que se deixam abater pelo desânimo e pelo pessimismo.
EliminarObg mana! Beijinhos.
EliminarObrigada mamã! Ninguém conseguiria me descrever melhor. Adoro-te! Beijinhos.
ResponderEliminarQue mãe pode chamar-se com este nome que não conheça os seus filhos?
EliminarEu poderia dizer que te conheço como a “palma das minhas mãos”, como o “sangue que me corre nas veias”, como a “menina dos meus olhos” e te sinto como “um pulmão que respira”. Mas todas estas frases não significariam nada ao lado do sentimento maternal que só o nascimento de um filho concede.
Por isso, eu sei que compreendes o que quero dizer sem palavras. Porque não há palavras que descrevam a ligação entre mãe e filho, ambos vencedores de todos os atritos que, eventualmente, surjam para os separar. Podem ter cortado o cordão umbilical físico mas ninguém consegue cortar o cordão umbilical do amor que para sempre os une. Um amor que tem o selo de eternidade.
Adoro-te mamã! Beijinhos.
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