Sheik
estava sorumbático. Perguntaram-lhe o motivo da sua sisudez.
- Isto
é preocupante. Vejam só. Existem para aí umas entidades fantasmas, com
designações que nunca se ouviram, a entrevistar A e B, sem respeito pelo tempo
que fazem desperdiçar.
- Só
respondes se quiseres. – atalhou Jimy.
- E
qual a utilidade? Avaliar a opinião dos portugueses, o seu grau de cultura e de
interesse, suponho. – disse Maruja.
Pipoca,
sorridente, mordiscou a orelha e espreguiçou-se.
- Adoro
responder a questionários. Mas diz. Que perguntas te fizeram?
- Diversas
e inúmeras, - respondeu Sheik - até quiseram saber o que eu pensava do actual
presidente americano.
Gargalhando,
Rissol comentou:
- Há os
notáveis e há os notórios.
- Ele é
uma mistura disso. Ironicamente falando, é divertido.
- Uma
nação deve ser governada por homens…
- Por
homens transparentes. - Este Jimy deve ser um sonhador.
- O
povo é soberano. Tem que fazer escolhas inteligentes.
- A
maior parte das vezes fia-se nas aparências. Discorda mas em última análise,
até se abstém.
- Mas
voltando à tua entrevista… - lembrou Pipoca.
- Olha,
tive oportunidade de falar de tudo…
- Tudo
o quê?
-
Secas, desordenamento florestal, desemprego e sub-contratados, hospitais,
saúde, ensino, reformas, reinserção social.
- Para
ti, está tudo torto então.
- Eu
acho que estão tentando endireitar.
- Não,
Rissol. Quem torto nasceu… O que importa é plantar raízes, lançar na terra
sementes novas. Não remendar pano velho com tecido novo.
- Apoiado!
– latiu Jimy.
Os
outros bocejaram.
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