As diferenças sociais sempre foram notórias. Na ditadura
como em democracia, a discriminação de classes assentou em níveis de cultura,
educação, instrução e situação económico-financeira.
Antigamente, no tempo anterior à emancipação da mulher, esta
se pertencia à nobreza ou à burguesia, desfrutava os dias entre as paredes da
sua mansão e aperfeiçoava muitos predicados, consoante a moda. Aprendia a
dançar, a tocar piano, a bordar em bastidor, a falar um idioma estrangeiro.
A mulher do povo não tinha condições para frequentar a
escola. Auxiliava nos trabalhos rurais, tratava das lides domésticas e do gado.
Como era de esperar, o casamento trazia-lhe algum benefício
em termos de estabilidade económica e prestígio social mas sempre sob a égide
do marido. Da dependência dos progenitores passava para a submissão ao cônjuge.
O movimento feminista alterou esse estatuto e gradualmente,
a mulher tornou-se independente, conhecedora e ciosa dos seus atributos,
liderando cargos, orientando casa, filhos e profissão.
As que o podem fazer com sucesso, devem a sua realização,
quando não só a si próprias, à colaboração dos maridos que, desligados da sua
temática machista, aceitam, com reservas ou sem elas, que a cara-metade
contribua para o orçamento do agregado familiar.
O pior é se a mulher aspira por liberdade e lança o primeiro
desafio,
A intolerância e o
desentendimento traçam a rotura. A falta de segurança, a desconfiança e o ciúme
geram o descalabro e conduzem à ruína.
O destino de ser mulher implica o mais dignificante estado
da raça humana com todas as vertentes de ser esposa e mãe depois de ter sido
filha e antes de ser avó, o escrínio dos valores que alicerçam uma sociedade de
eleição.
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