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Tenho
ouvido com frequência que o Natal para certas pessoas não diz muito; para
algumas, não diz nada. O facto de dizer pouco ou nada prende-se com as
desilusões da vida e da idade. Tem a ver com o carácter de cada um, com o factor
educacional e religioso em que nos habituam a receber o Natal.
A
voz corrente é a de que o Natal é para as crianças. Mas até que ponto e desde
quando as crianças entendem o Natal e o associam ao nascimento de um menino que
veio para redimir o mundo? Elas nem sequer se apercebem que o mundo está mau,
que a perversidade se infiltra nos homens e os torna injustos e malévolos, uma
negação contínua da paz e da tolerância.
Sabemos
que o colorido, a música, as surpresas, a expectativa festiva tornam as crianças
exuberantes, ansiosas pela chegada do Pai Natal, não pelo nascimento de Jesus,
a criança que recebeu ofertas e presentes, homenageada por altos signatários
das cortes.
Daí,
as prendas de Natal. Entre amigos e familiares; essencialmente para as crianças.
Mas
porque o Natal existe a partir da mensagem de uma criança anunciando ao mundo
bondade e justiça, contemplam-se com um pouco os que pouco ou nada possuem. À
superfície irrompem as campanhas de solidariedade, os movimentos altruístas, os
abraços nas “Boas Festas” de aparência.
Na
morte, na violência, na criminalidade, o Natal passa ao largo.
O
Natal, que representa nascimento, não passa de um evento de fachada se não é
realizado todos os dias, em compreensão, em paz, em solidariedade, em perdão.
A
não ser assim, então o Natal, sim, é das crianças. Porque só elas na sua magna
inocência e singela ingenuidade, representam o verdadeiro significado e
mensagem do Natal.
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