quinta-feira, 10 de novembro de 2016

A BÍBLIA SAGRADA – sonetos


No ano de 2003, foi-me oferecido um exemplar, de grandes dimensões, de capa preta e letras douradas. Este Livro destinava-se a dar corpo à ideia de transformar a história do Velho e Novo Testamento numa narração condensada em sonetos.
Esta ideia foi de imediato acarinhada e incentivada pelo prestigiado presbítero e maestro de coro, Torcato Lopes que até hoje, se manteve sempre presente e deu a este trabalho o estímulo dos seus textos de apoio inspirados em fontes de heurística e hermenêutica de a.C. e d.C.
Da mesma égide, o Pastor e historiador bíblico Fernando Martinez, grande apreciador da minha poesia nesta modalidade, dedicou-me palavras tão encomiásticas, merecidas por certo mas que foram o archote sempre aceso nesta complexa cruzada.
Deixo aqui o meu profundo reconhecimento a um e a outro. Este primeiro volume integra os cinco primeiros Livros escritos por Moisés - Génesis, Êxodo. Levítico, Números e Deuteronómio.
O 2º volume resume-se no conjunto dos livros de Josué, Juízes, Ruth, I e II Samuel e I e II Reis.

Porque escolhi a Bíblia Sagrada para ser lembrada nos meus versos, remonta-se ao facto de na infância, a ler com assiduidade, principalmente a vida e costumes dos hebreus e o seu relacionamento com Deus e mais tarde, na idade escolar, na disciplina de Moral e Religião, a ler em voz alta para toda a turma. A Bíblia era para mim, naquela época, um compêndio de História.
A sua leitura frequente levou-me a descobrir a verdade daquelas profecias e como elas são perfeitamente aplicáveis aos dias de hoje. Contrastam com o materialismo e consumismo da vida dita moderna. E sobrepõem-se ao progresso com o quinhão de felicidade que prometem ao homem sem vislumbre de sucesso.
A ideia de lançar uma Bíblia escrita em sonetos, funciona no meu espírito como um arauto, uma chamada de atenção, um convite à sua leitura Acima de tudo, um convite à reflexão.

Porque escolhi o soneto e não o verso livre.

Desde que descobri em mim a veia lírica e me lancei com poesia infantil, no tempo do liceu, experimentei “voar” através das duas quadras e dois tercetos, de dez ou doze sílabas, porque isso me permitia abstractamente, dar melodia a estrofes que exigem musicalidade, métrica e sensibilidade lírica. É como dedilhar um instrumento de corda.
Gostaria que este trabalho tivesse o mérito de entusiasmar hábitos de leitura, hábitos de leitura poética e, sobretudo, hábitos de leitura bíblicos onde se encontram as respostas que se procuram.

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