segunda-feira, 21 de março de 2016

O HOMEM QUE VEIO PARA SALVAR OS HOMENS


Quando Cristo nasceu, Maria sabia, como mãe e como mulher inteligente e consciente da época em que viviam, que ambos iriam sofrer no corpo e no espírito, os acontecimentos que lhes estavam predestinados.
Durante a infância e adolescência, aquele de quem alguns suspeitavam suceder na governação do reino, revelava-se um vulto sapiente, sábio e seguro de si, sem contudo deixar de ser carinhoso, obediente e respeitador.
Na idade adulta, todos os que o conheciam e com ele privavam, depositavam nele a esperança de uma reforma social e de uma estrutura mais benéfica para a humanidade.
Esperavam que Jesus Cristo, com o poder de que dispunha e que demonstrava na cura dos enfermos e outros milagres, como na multiplicação dos pães, podia fazer tudo, melhorar o mundo, transformar o ser humano, como se tivesse uma varinha mágica e a sua divindade fosse a de um deus mitológico.
Seria muito fácil mas que consciência teríamos da realidade natural da vida e do comportamento da criatura com vontade própria e livre arbítrio?
Deus feito homem à nossa imagem e semelhança, ao desempenhar a sua missão, veio dar-nos uma lição de humildade e sabedoria com o seu exemplo. Ele ensinou sentimentos esquecidos. Falou do perdão, da tolerância, da compreensão, do acto compassivo, da paz entre famílias e nações e sobretudo do amor ao próximo. Cada um devia aprender e exercitar-se no desprezo pelo ódio, pela vingança, pela ambição, pela corrupção.
Como isso tudo prejudicava interesses, crucificaram-no. Como sacrificava comodismos políticos e sociais, condenaram-no à morte.
E esta letal ignorância dos ensinamentos e procedimentos de Jesus proliferou e aumentou por todos os continentes até aos nossos dias.
Apesar do progresso, das descobertas na ciência e medicina, do avanço na tecnologia, das redes sociais, dos meios áudio-visuais, do conforto material que tudo isso provoca, o indivíduo está cada vez mais inferiorizado. Despreza os valores morais; responde com violência, maltrata, espezinha, refugia-se em sub-mundos e quando não consegue dominar o seu desequilíbrio, arvora-se em senhor do próprio destino, decidindo da própria morte.
A Lião de Cristo foi ignorada. O exemplo de Cristo foi pago com o seu sangue porque os seres humanos que ele quis salvar, cerraram olhos e ouvidos e seguiram a sua índole selvagem, primitiva, cheia de sentimentos demoníacos.
Ao festejar o nascimento de Jesus como Deus-Menino, alguém prestigia ou reconhece que a lição começa aí…
Transcrevo, com a devida vénia, um excerto da missiva que Sua Santidade, o Papa Francisco, me endereçou, lembrando as solenidades da Páscoa. Seria egoísmo da minha parte guardar na gaveta uma mensagem tão esclarecedora e de tão grande significado.

… “e sucessivas festividades natalícias em honra do Deus Menino que nos fizera ver Jesus como um de nós e partilhando a sorte dos mais infelizes, sem casa (nasce num curral de animais), sentido como uma ameaça (tem de escapar de noite para longe de Herodes), acabará crucificado como um malfeitor. Mas sempre de menino a homem feito, Ele estendia os braços à procura duma carícia, generosamente retribuída com a paz e a alegria de viver, perdoando tudo, perdoando a todos.
Jesus é a misericórdia do Pai. Ele é a nossa salvação” …


Sua Santidade ainda refere as palavras de S. Leão Magno:

Exultemos no dia da nossa salvação

Ao comemorar mais uma Páscoa, façamos uma introspecção no sentido de corrigir os nossos erros, expelir o veneno que conduz à maldade e aprendamos a amar e a perdoar, porque só assim seremos permeáveis à salvação anunciada por Jesus há 2016 anos. Que a misericórdia divina proteja o justo, liberte o pecador e ilumine os pobres de espírito.
Desejo a todas as famílias uma Páscoa redentora.

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