segunda-feira, 1 de junho de 2015

Dia Mundial da Criança


(Homenagem ao meu neto Bruno Filipe e aos meus bisnetos Letícia, Carolina e Miguel)

Contemplo estas pequenas esculturas de carne, de contornos perfeitos, de pele macia como açucena, de olhar meigo e confiante, de voz doce, de gesto imprevisível e penso que a humanidade continua privilegiada sempre que haja crianças a preenche-la e os ecos dos risos infantis prossigam na senda da esperança e transparência das gerações.
Este panorama seria bonito se não proliferassem os abusos e as violações dos direitos da criança, instituídos por uma sociedade que não sabe ou não quer defendê-los.
Fala-se muito. Condenam-se os actos violentos, a falta de respeito e de amor para com essas criaturinhas indefesas e prossegue-se no dia a dia, alheios, indiferentes, desculpabilizando pela pseudo compaixão, os energúmenos que não se inibem de cometer as mais vis atrocidades contra aqueles que - apregoa-se - são o futuro, o progresso, a inovação das civilizações a que pertencem.
Busquemos a culpa nos pais que não têm formação moral e cívica: nos professores que para além dessa falha, se debatem com um sistema governativo precário, insuficiente; magistrados, baseados num materialismo incompatível com os afectos e em leis obsoletas; instituições ditas de acolhimento, cuja utilidade descamba em vícios e delinquência juvenil.
A família, a sociedade, o Estado, a nação são culpados das acções e atentados à integridade e segurança física e moral da criança e não venham dizer que pugnam e defendem os seus direitos, porque o que acontece é negligência, ignorância, cobardia e falta de prevenção.
Para além de medidas de coação para os arguidos, tantas vezes duvidosas, deviam ser estabelecidas condições de terapia sócio-económica a fim de evitar às crianças as separações brutais dos laços sanguíneos ou vigiar a salvaguarda dos menores, com medidas mais rigorosas e punições mais severas.
Na sociedade portuguesa, o comodismo impera. ´Nesta selva de corruptos em que o país se tornou, é um “salve-se quem puder”. E as crianças, que não entendem porque isto acontece, tornados “bodes expiatórios”, crescem entregues a feras, num mundo cada vez mais corrompido e ganancioso que suga o sangue dos que nada têm.
Apelo às pessoas, que considero “Excepções à regra”, para que protejam as suas crianças, ferozmente, como leões, sem margens dúbias, sem medos. Preparem para elas um futuro mais digno, longe dos que minam na sombra e buscam a ideia do lucro.

Para findar, deixo uma sentença bíblica, que dessa, nenhum pedófilo, malfeitor ou abusador em qualquer nível, da confiança infantil escapará:

Se alguém fizer mal a um destes pequeninos, melhor fora que atasse um bloco de cimento ao pescoço e se lançasse nas profundezas do mar.”

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