Os
séculos passam cumprindo os seus cem anos de atividade. E eu pergunto: o homem
quer paz? Construiu alguma vez uma humanidade de paz? Onde esta não fosse
efémera?
Entre
ser quezilento e pacífico, qual é a sua maior percentagem?
Recapitulemos
as guerras, as relações conflituosas entre os países, a subserviência de muitos
estados na esperança de que expluda o seu barril de pólvora. Lembremos os atos
terroristas, o poder das grandes possessões guiadas por massas sem escrúpulos;
Cada
país tem uma população aparentemente pacífica. A sua passividade confunde-se
com inércia, comodismo, indiferença.
Não
creio que hoje se lute pela paz mas pelo interesse próprio.
Dentro
de cada país, a solidariedade é fachada. É trampolim de sucesso social, ainda
que sazonal. Os cumprimentos viraram salamaleques e as risadas, pura máscara de
fantasia.
Perante
a panorâmica do presente não cresce a esperança do futuro
As
pessoas agarram-se ao quotidiano, ao momento, procurando a saída possível deste
“salve-se quem puder” abismal. Cada um não conhece paz em si, no seu interior.
Tem consciência de que vive num mundo pérfido, ambicioso e egoísta. O próximo
não tem para si aquela expressão de inspiração que gera a compaixão, o
altruísmo, a cumplicidade, o amor.
Se
cada um fosse importante para o outro, como um vaso de cristal que se quebra ao
menor descuido, ou pedra preciosa que perde as qualidades no desleixo da sua
manutenção, não haveria tantos conflitos nem suicídios, nem hecatombes
comunitárias.
A
discriminação de raças, de classes, nem diferenças, nem desníveis sentimentais.
Se cada ser humano cultivasse em si a paz que
deseja ou diz desejar sem nada fazer por alcançar essa força irradiante de amar
e praticar o bem numa atmosfera de paz, o nosso planeta beneficiaria muito e
não estaria condenado ao fracasso e à destruição.
Atravessamos
mais uma época comemorativa de Ressurreição de Jesus Cristo, o Homem especial
cuja divindade desvendou a paz universal para todos os homens.
Se
cada indivíduo desejar do fundo do seu coração a PAZ de Jesus, como Ele a
disse, como Ele a anunciou aos povos, como Ele a ensinou com a revelação
dos seus sentimentos e atitudes, poderemos
construir uma sociedade melhor e mais feliz
onde não haverá lugar para vítimas. Vítimas
dos seus próprios erros. Vítimas dos
erros dos outros. Vítimas da maldade congénita que só o perdão e o
arrependimento podem apagar.
Para
todos, um abraço fraterno de paz.
Que
cada amêndoa simbolize uma parcela de vida pacífica.
E
os que não têm amêndoas?
A
paz de Cristo não escolhe as pessoas. Estas é que a recebem de braços abertos,
estão permissivos a essa branca flor da fraternidade plantada e regada no
coração do homem dos nossos dias.
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