FRANCISCO
LEZCANO
Artista
Plástico
A
pintura de Francisco, um artista de Barcelona, residente nas ilhas Canárias, é
enriquecida por várias vertentes, várias correntes e múltiplos fonemas,
prestando-se a interpretações sensitivas de horizonte caleidoscópico e
interioridade metafísica.
Os
desenhos extravasam o crisol imaginativo para penetrar na esfera da crítica
social, apreciação humanista e defesa dos valores e dos costumes.
Mas
é sobre a fase do combate à guerra, à violência, às diferenças de classes, a
todas as ditaduras que este Artista marca uma geração, anunciando às gerações
vindouras o precioso significado de liberdade.
É
oportuno falar dos desenhos de Francisco, desse traço firme, vigoroso,
convicto, que faz do motivo uma apoteose de redenção. São os quadros patentes
na exposição que decorre de 1 a 15 de Março, em Las Palmas, conforme o cartaz
em evidência.
O
tema mostra o Artista militante, participante de movimentos anti-fascistas, em
defesa da paz, da não-agressão, a favor do desarmamento, a sua discordância
veemente das centrais nucleares direcionadas para os conflitos armados.
O
nosso olhar prende-se irrevogavelmente à cor e aos símbolos, grilhetas,
algemas, rostos fechados, esgares e atitudes pungentes.
Não
deixamos de nos sentir esmagados na presença de telas tão expressivas como a do
preso político, a mulher violentada, o operário explorado. Para além do
figurativo, as imagens são brutalmente denunciadoras de climas que não estão
visíveis mas se adivinham e se cravam na memória. Presente e passado juntam-se
num enlace eterno.
É
por isto e por muito mais que Francisco Lezcano é universal.
Aurora Tondela
escritora
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