sexta-feira, 7 de março de 2014

A FELICIDADE REALISTA


Neste dia Internacional da Mulher, nada mais adequado que o texto seguinte, de
Mário Quintana




A princípio basta ter saúde
dinheiro e amor, o que já é um
pacote louvável, mas nossos
desejos são ainda mais
complexos. Não basta que a
gente esteja sem febre;
queremos, alem de saúde, ser
magérrimos, sarados,
irresistíveis. Dinheiro? Não
basta termos para pagar o
aluguer, a comida e o cinema:
queremos a piscina olímpica e
uma temporada num spa cinco
estrelas. E quanto ao amor? Ah,
o amor… não basta termos
alguém com quem podemos
conversar, dividir uma pizza e
fazer sexo de vez em quando.
Isso é pensar pequeno!
Queremos AMOR. Todinho
maiúsculo. Queremos estar
visceralmente apaixonados,
queremos ser surpreendidos por
declarações e presentes
inesperados, queremos juntar a
luz de velas de segunda a
domingo, queremos sexo
selvagem e diário, queremos ser
felizes assim e não de outro
jeito. É o que dá ver tanta
televisão. Simplesmente
esquecemo-nos de tentar ser
felizes de uma forma mais
realista. Ter um parceiro
constante pode ou não ser
sinónimo de felicidade. Você
pode ser feliz solteiro, feliz
com uns romances ocasionais,
feliz com um parceiro, feliz sem
nenhum. Não existe amor
minúsculo, principalmente
quando se trata de amor próprio.
Dinheiro é uma bênção.
Quem tem, precisa aproveitá-lo,
gastá-lo, usufruí-lo. Não perder
tempo, juntando, juntando, juntando,
juntando. Apenas o suficiente
para se sentir seguro, mas não
aprisionado. E se a gente tem
pouco, é com este pouco que vai
tentar segurar a onda, buscando
coisas que saiam de graça, como
um pouco de humor, um pouco de
fé e um pouco de criatividade.
Ser feliz de uma forma realista
é fazer o possível e aceitar o
improvável. Fazer exercícios
sem almejar passarelas,
trabalhar sem almejar o
estrelato, amar sem almejar o
eterno. Olhe para o relógio.
Hora de acordar. É importante.

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