Toda
a gente gosta do Carnaval e a maior parte não concorda em que o feriado deixe
de existir. Talvez para poder vestir as suas crianças e rever-se nelas. Talvez
para “fazer de conta” protagonizando uma figura da sua eleição. Talvez para se
divertir, fingindo o que não é possível. Enfim, uma infinidade de razões em que
as fantasias caracterizam por algum tempo, criaturas reais ou mitológicas,
através das quais o ser humano vive uma farsa, de acordo com o seu gosto. Atrás
das lantejoulas, dos “lamé”, dos vidrilhos e cetins, a personalidade deixa de
ser o que é para ser o que desejaria. Cria-se um Carnaval divertido, folgazão,
azougado e atrevido, para camuflar o Carnaval que nós somos e as máscaras que
utilizamos.
No
dia a dia, verifica-se isso, frequentemente.
Conforme
as nossas conveniências, queremos sempre parecer o que não é. Afetamos
delicadeza quando desejamos mandar o outro para as urtigas. Prometemos o que
não cumprimos para ficar bem na foto ou para conseguir regalias. Atraímos
donativos em campanhas mistificadas, esquecendo as carências e a penúria dos
outros dias. São esgares os nossos sorrisos quando não manifestamos o
sentimento da sinceridade.
No
mundo adverso em que vivemos, mascaramos tudo.
O
comércio, a publicidade, o consumismo, o preconceito, o estatuto social, as
fraquezas, os vícios, os hábitos.
Põem-se
máscaras e mascarilhas consoante o disfarce.
São
tão apreciadas que há quem as possua como elemento decorativo. Honra aos
artistas, com os seus modelos de porcelana, pele, e outros materiais.
Talvez
por isso eu goste de máscaras. E as use também.
Em
certos parâmetros, tem o nome de diplomacia.
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