Pode
haver gente que diga que podias ser pior; outras, que agiste de forma sofrível,
e ainda outras, miseravelmente.
Para
estas pessoas, vais, gasto e espoliado de tudo, dos bens essenciais, do
conforto, dos sentimentos nobres de solidariedade e gratidão, vais, vais para
sempre e não deixas saudades.
Avulta
agora a esperança no teu sucessor. Para ti, resta o Nada. A tua missão acabou.
Não
há mais nada a dizer.
Mas
para aquela classe de indivíduos que fez de ti um ano de mentira, fraude,
corrupção, impiedade, violência, sadismo e abominação, eu deixo:
ACUSAÇÃO
Quem eras tu para saber quem eras
nessa visão Amor que te perdeu?
coral estilhaçado nas esferas
duma virtude que nasceu no céu…
Viveste a hora! Louco! Eras?... Não
eras!
Tu que, em maldade foste corifeu,
eras remorso oculto no teu EU,
em fogo angustiado de crateras.
Mortal hediondo à sombra de uma grade,
mordendo as unhas, rindo à tempestade,
não foste mais que um trapo dolorido.
E falas-me em Natal, em Cristo, em
Dor,
se espalhaste veneno em vez de Amor,
tu, que morreste antes de ter nascido.
Adeus,
2013
No
meio das boas recordações, que as houve, por certo, resta-te o vazio.
Para
os foragidos do Bem, ambiciosos, poderosos, sem escrúpulos, resta a punição
divina, mais forte e justiceira que a justiça dos homens.
Paz
aos teus farrapos!
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