sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

ADEUS 2013


Pode haver gente que diga que podias ser pior; outras, que agiste de forma sofrível, e ainda outras, miseravelmente.
Para estas pessoas, vais, gasto e espoliado de tudo, dos bens essenciais, do conforto, dos sentimentos nobres de solidariedade e gratidão, vais, vais para sempre e não deixas saudades.

Avulta agora a esperança no teu sucessor. Para ti, resta o Nada. A tua missão acabou.
Não há mais nada a dizer.
Mas para aquela classe de indivíduos que fez de ti um ano de mentira, fraude, corrupção, impiedade, violência, sadismo e abominação, eu deixo:


ACUSAÇÃO

Quem eras tu para saber quem eras
nessa visão Amor que te perdeu?
coral estilhaçado nas esferas
duma virtude que nasceu no céu…


Viveste a hora! Louco! Eras?... Não eras!
Tu que, em maldade foste corifeu,
eras remorso oculto no teu EU,
em fogo angustiado de crateras.


Mortal hediondo à sombra de uma grade,
mordendo as unhas, rindo à tempestade,
não foste mais que um trapo dolorido.


E falas-me em Natal, em Cristo, em Dor,
se espalhaste veneno em vez de Amor,
tu, que morreste antes de ter nascido.


Adeus, 2013

No meio das boas recordações, que as houve, por certo, resta-te o vazio.
Para os foragidos do Bem, ambiciosos, poderosos, sem escrúpulos, resta a punição divina, mais forte e justiceira que a justiça dos homens.

Paz aos teus farrapos!

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