segunda-feira, 29 de outubro de 2018

SAUDEMOS OS NOSSOS MORTOS


SAUDEMOS OS NOSSOS MORTOS

Desde a minha infância muitos hábitos me perseguem caracterizados por ligações fortes de sentimentalismo saudosista.
Hoje, evoco aquela sensação amarga deixada na alma como uma semente que se restringe na flor, regada pela luminosidade da reminiscência. Mas é o tempo que comanda a força e o matiz das nossas dores mais profundas, geradas nos abismos da ausência e do vazio.
Tudo isto porque não sabemos para onde partem e qual o destino da sua viagem.
Encerrou-se uma porta; abriu-se um reposteiro e um espaço desconhecido, repleto de silêncios e mistérios alarga-se desmesuradamente.
“O que Eu sei, não o sabes tu agora”, disse Deus pela boca do profeta.
Eu acho que nem agora nem nunca, dada a ignorância que grassa no mundo e atinge grande percentagem da humanidade.
O dia dos que se foram para não voltarem - o dia dos finados- serve de registo num álbum que se folheia para reviver na memória as figuras queridas que apenas existem na recordação de cada um, com mais ou menos minúcia, com mais ou menos pormenor.
Saudemos os nossos mortos e retiremos as magnas lições do legado que nos deixaram e de que somos herdeiros legítimos.

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