SAUDEMOS OS NOSSOS MORTOS
Desde a minha infância muitos hábitos me perseguem
caracterizados por ligações fortes de sentimentalismo saudosista.
Hoje, evoco aquela sensação amarga deixada na alma como uma semente
que se restringe na flor, regada pela luminosidade da reminiscência. Mas é o
tempo que comanda a força e o matiz das nossas dores mais profundas, geradas
nos abismos da ausência e do vazio.
Tudo isto porque não sabemos para onde partem e qual o
destino da sua viagem.
Encerrou-se uma porta; abriu-se um reposteiro e um espaço
desconhecido, repleto de silêncios e mistérios alarga-se desmesuradamente.
“O que Eu sei, não o sabes tu agora”, disse Deus pela boca
do profeta.
Eu acho que nem agora nem nunca, dada a ignorância que
grassa no mundo e atinge grande percentagem da humanidade.
O dia dos que se foram para não voltarem - o dia dos
finados- serve de registo num álbum que se folheia para reviver na memória as
figuras queridas que apenas existem na recordação de cada um, com mais ou menos
minúcia, com mais ou menos pormenor.
Saudemos os nossos mortos e retiremos as magnas lições do
legado que nos deixaram e de que somos herdeiros legítimos.
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