Naqueles
que precisam de mudar e o não fazem por orgulho ou porque se acham cheios de
razão, a frase não se aplica.
Manietados
pelas suas próprias convicções, permanecem vestidos de roupagens que se não
coadunam com as suas origens nem são consentâneas com a educação que receberam.
Quando
não corrigem os erros, arranjam logo maneira de os substituir por outros.
Não
sabem ignorar os conflitos, actuando na mesma plataforma do seu contendor.
Não
conhecem o perdão; não aprendem a esquecer; o pensamento destila veneno.
É-lhes
mais fácil criticar defeitos que enaltecer virtudes. São volúveis a acreditar em
mentiras e relutantes em confiar em verdades. Esforçam-se por ser perfeitos na imitação
e são negligentes no que é exemplar. Ostensivo na compaixão, na solidariedade
teórica; indiferentes na prática.
O
Ano Novo nasce e a partir do dia 2 de Janeiro, começa a envelhecer, embrulhado
no ouropel da rotina. Cada elemento familiar anda por seu lado, com o seu
individualismo, o seu secretismo, a sua privacidade egoísta. As casas continuam
transformadas em ghettos onde cada um se isola com o que melhor o distrai e
nada se partilha porque não há tempo para correcções nem oportunidade para
confidências.
Cada
qual no seu casulo, cresce a relutância pelo diálogo franco e saudável, baseado
na compreensão e no discernimento.
E
este Ano, como os seus antecessores, em vez de amadurecer, endurece. O homem
torna-se cada vez mais mau, mais vingativo, mais cioso dos seus atributos
violentos.
O
calendário continuará a registar abusos, violações, crimes, tragédias, porque
as sociedades não se corrigem, a justiça é demagoga, o cinismo impera nas
políticas e nas religiões e aquele que sofre na pele a caracterização das
adversidades busca refúgio onde acaba por ser escalpelizado.
Por
vezes, acreditamos nas catástrofes provocadas pela natureza como castigo de uma
Ordem pré-estabelecida, que está constantemente a ser alterada.
Enquanto
o ser humano se afastar do verdadeiro conhecimento e construir um rochedo no
lugar do coração, continuará a caminhar para o abismo e a contribuir para a
desgraça da humanidade.
Que
o pensamento social se ilumine de luz e faça de cada dia uma razão válida para
que o Hoje seja melhor do que Ontem e o Amanhã mais enriquecedor do que Hoje.
Feliz
Ano 2018 para todos!
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