Homenagem
pelo seu aniversário, ao presbítero Torcato Lopes.
Para
além de orador evangelista, de palavra fluente e brilhante, foi Diretor
Executivo da revista mensal Novas de Alegria onde continua a sua colaboração
com temas designadamente ligados à música sacra.
Como
regente coral de grupos que chegaram a somar cerca de mil vozes, tem encantado
audiências e elevado ao extremo a sublime arte de comunicar, quer através dos
seus discursos, dos seus textos, quer por meio da audição das numerosas
melodias que deu a conhecer.
Espírito
refinado e elegante, pertence à Convenção das Assembleias de Deus em Portugal e
é ao seu caráter de missionário e de peregrino ao serviço de Cristo que dedico
este humilde poema em forma de loa, lembrando o seu bandolim que infelizmente
ainda não pude ouvir tocar.
Feliz
aniversário Irmão Torcato Lopes!
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Quando
afago entre os meus dedos,
cordas
do meu bandolim,
desato,
enlaço segredos
no
mais profundo de mim.
Transponho
as nuvens do céu
por
horizontes sem fim,
recantos
donde irrompeu
o
meu sonho de marfim
e
onde eu me sinto mais eu
e
menos fora de mim.
Mergulhei
o meu anseio
num
universo e jardim
onde
o sol esconde o enleio
e o mar, algas de cetim;
onde
eu me sinto mais eu,
mais
no abismo de mim.
Vejo
a brisa. É leve e tece
das
folhas um palanquim.
No
dorso do espaço aquece
o
som do meu bandolim.
Quando
estremeço entre os dedos,
cordas
do meu bandolim,
entrego
aos ventos os medos
que
se tornam carmesim.
No
silêncio perturbante
de
uma paz longe de mim,
invoco,
instante a instante,
a
voz que anuncia em mim:
O
tempo passa. No entanto,
parado
dentro de mim,
fica
um tempo sacrossanto
que
é teu, Senhor; não tem fim
e
a ti dedico, de mim.
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